Brechós crescem em preferência entre jovens e adolescentes

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A McKinsey & Company, consultoria empresarial, levantou dados que apresentam a geração Z como a maior consumidora de brechós do mundo. Segundo o levantamento, os nascidos a partir de 1997 representam 40% do público que frequenta e faz compras nesses tipos de negócios. Em seguida aparecem os Millennials responsáveis por 30% das compras.

Os dados mostraram que os mais jovens enxergam algumas vantagens primordiais nas compras de brechó, e elas vão muito além dos preços baixos. A “exclusividade” das peças encontradas nos brechós é uma dessas vantagens. Os adolescentes têm aderido muito à chamada “moda vintage”, e consideram que os brechós são os lugares ideais para encontrar essas peças sem pagar muito por elas.

Outra tendência que também influência a compra nesses locais, é a preocupação com a sustentabilidade, amplamente discutida entre pessoas de menos idade. Essa questão é tão séria para esse público que, recentemente, dados mostraram que as pessoas têm comprado mais de empresas que cumprem processos sustentáveis.

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Esse crescimento do mercado de brechós e vendas de segunda mão no geral, já vem sendo percebido há algum tempo. No início do ano, um estudo realizado pela plataforma de revendas ThredUp, apontou que o segmento deve movimentar US$64 bilhões até o final de 2024.

A ThredUp também prevê que o aumento de vendas online para produtos usados deve crescer 69% até 2021 e que o interesse por esse tipo de mercadoria está diretamente ligado a pandemia.

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Com a reclusão social e potente queda do poder de compra das pessoas, as buscas por produtos online mais baratos do que o usual são uma tendência. Contudo, ao contrário do que se pensa, não são apenas as pessoas menos abastadas que tem feito compras de segunda mão. Segundo a plataforma, o público de classes econômicas mais altas também tem apostado fortemente nesse tipo de negócio. Dessa forma, o mercado de luxo também tem grande espaço dentro desse mercado em expansão.

Mercado de Brechós Infantis segue tendência e também está em expansão

Apesar de o maior público da venda de brechós serem os jovens, muitas pessoas também tem feito compra de roupas infantis nesses locais. Dessa forma, os Brechós Infantis tem se expandido e feito um imenso sucesso entre pais que desejam gastar um pouco menos no momento de fazer as compras de roupas para os filhos.

Por crianças perderem roupa muito fácil por causa do crescimento acelerado, muitos empreendedores decidiram transformar esse fato em um negócio lucrativo.

A Arena Baby, por exemplo, é uma grande visionária desse segmento. A franquia de brechós infantil precisou fechar suas 19 unidades físicas durante a pandemia, porém, para não prejudicar suas vendas, criou um marketplace de compra e venda de usados.

Com a plataforma online, os clientes podem fazer mais do que apenas comprar roupas infantis. O site também permite que o usuário envie as próprias peças de roupa como forma de conseguir crédito para gastar na loja. Esse conceito é chamado de Moda Circular e também está na moda.

Moda circular e preocupação com a sustentabilidade na moda tem feito grandes marcas reverem seus processos

Percebendo a crescente preocupação dos clientes com os processos realizados para que as roupas cheguem as araras de venda, muitas marcas tem revisto a forma como as peças são produzidas.

Exemplo recente disso é a Malwee que decidiu reposicionar a marca para criar menos coleções durante o ano, e aumentar a produção de peças atemporais que podem ser usada para além das tendências do momento.

A Riachuello foi outra grande empresa de moda que decidiu entrar na onda do incentivo ao consumo de roupas consciente. A marca firmou uma parceria com a Liga Solidária para arrecadar roupas usadas dos clientes e dar uma segunda vida a elas. As peças passarão por uma triagem feita pela Liga e poderão ter duas destinações. As que estiverem em bom estado de uso poderão ser doadas ou vendidas em um bazar beneficente do Complexo Educacional Educandário Dom Duarte, localizado em São Paulo. Já as que não puderem ser reutilizadas, serão encaminhadas para a reciclagem.

Esse projeto da Riachuello pretende atingir 50 unidades da loja até o final de 2020. Atualmente já são 46 lojas fazendo parte.

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Aline ResendeFormada em Marketing e pós graduanda do curso de Língua Portuguesa e Literatura do Centro Educacional Uninter. Trabalha na área de comunicação como Social Media e Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para material publicitário.
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