Indústria inicia franquia de cosméticos naturais e seleciona franqueados

Cosméticos naturais

Uma das principais indústria de cosméticos brasileiras, a Anis está investindo mais R$ 7 milhões nos mercados de franchising brasileiro e europeu. A franquia de cosméticos naturais da empresa oferece produtos direto da fábrica, e deve contar com quiosques no principais shoppings do país.

A empresa está selecionando franqueados para o novo empreendimento, e para as 100 primeiras unidades o investimento previsto é a partir de R$ 150 mil por uma franquia completa, incluindo taxa, quiosque e estoque inicial.

Segundo a Anis, o fato dos franqueados poderem adquirir os produtos direto da fábrica permite um lucro de aproximadamente 300%, com retorno do investimento ainda no primeiro lote de vendas.

Cosméticos naturais

A indústria que produz cosméticos para mais de 300 marcas brasileiras e europeias, está lançando a Bio’me. A estratégia da Anis é aproveitar a demanda do mercado de produtos naturais para criar uma marca sustentável com matéria prima 100% nacional.

Sustentabilidade e parceria com fornecedores locais, aliás, são duas bandeiras da empresa. A marca produz linhas de cosméticos naturais sem emissão de resíduos poluentes e com embalagens recicladas, por exemplo.

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Cosméticos naturais são tendência para o futuro

Nos últimos anos, muitas pesquisas buscam investigar as consequências da presença de substâncias tóxicas em cosméticos tracionais. Os estudos identificaram uma série de problemas para a saúde dos consumidores e o meio-ambiente.

Entre os alertas decorrentes destas descobertas, estão questões bem sérias como o potencial do alumínio presente em desodorantes antitranspirantes obstruir poros e favorecer o desenvolvimento de câncer de mama.

Por conta disso, a Euromonitor International, empresa inglesa de pesquisa de mercado, aponta que fórmulas orgânicas e naturais estão entre as três principais tendências do mercado mundial de beleza para os próximos cinco anos, ao lado de questões como engajamento digital e posicionamento ético.

Ainda segundo a Euromonitor, o Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo. E no país também há grande procura por cosméticos naturais, demonstrando a importância das marcas brasileiras atenderem às deste mercado. Essa relação de fatores é uma das principais justificativas para a iniciativa da Anis.

Outro bom exemplo de empresa brasileira que investe em sustentabilidade é a Natura, fato que deu à marca o título de mais inovadora do país. Uma das recentes novidades da empresa nesse sentido foi o desenvolvimento de um tablet que libera perfume e pretende substituir catálogos de papel.

Maioria dos brasileiros prefere cosméticos naturais

De acordo com uma pesquisa IBOPE realizada em 2018, 55% dos brasileiros tem interesse por produtos naturais, e ainda consumiria mais produtos veganos se a embalagem fosse mais clara. Além disso, 60% dos entrevistados afirmaram que consumiriam esses itens se eles estivessem na mesma média de preço de produtos com os quais estão habituados.

O índice alto de interesse por produtos ecologicamente corretos e de baixo custo acendeu o alerta para muitas marcas. Por isso a Anis tomou a iniciativa de aproveitar sua estrutura para ampliar sua atuação e investir neste nicho de mercado com ofertas acessíveis.

Para a empresa, o fato de ter franquias abastecidas diretamente pela própria fábrica permite entregar ao consumidor cosméticos naturais, normalmente mais caros, por valores similares aos de produtos convencionais.

Estamos há anos falando sobre sustentabilidade e em como melhorar o planeta, e ter essa consciência hoje em uma marca é quase como uma obrigação. Hoje mesmo as pessoas não veganas ou vegetarianas se interessam por produtos naturais, pois veem neles uma forma de aderir à causa de alguma maneira”, afirmou Myrcieli Marconatto, idealizadora da iniciativa.

E o consumidor está cada vez mais atento à consciência ambiental da marca da qual ele é cliente. De acordo com a Nielsen, empresa de coleta de dados, um terço dos brasileiros priorizam o consumo sustentável. Além disso, o segmento “verde” reúne mais de 18% do faturamento dos mercados brasileiros de higiene e beleza.

Para o público, trata-se de uma escolha no poder de compra, e não mudança de rotina. Os consumidores já usam esses produtos cotidianamente, e tornar itens orgânicos mais acessíveis é uma oportunidade para preferir estes aos com mais química.

Felipe MatozoJornalista, ex-repórter do Jornal e Canal "O Repórter" e ator profissional licenciado pelo SATED/PR. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.
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