Congresso aprova crédito de R$ 10 bilhões para a “PEAC Maquininhas”

PEAC Maquininhas

Foi aprovada pelo Congresso uma linha de crédito de R$ 10 bilhões para pequenos e microempresários. O crédito da chamada PEAC Maquininhas será concedido através das maquininhas de cartão utilizadas por comerciantes.

A iniciativa representa uma nova tentativa de liberar crédito para auxiliar pequenas empresas durante a pandemia. O recurso terá 100% de garantia do Tesouro Nacional e será destinado aos setores que têm enfrentado maior dificuldade para conseguir acesso ao crédito: MEIs, micro e pequenos empresas.

A disponibilização via maquininha visa facilitar o acesso dos empreendedores à linha de crédito. Através do aparelho, todo o processo poderá ser feito eletronicamente, desde a consulta do valor até o acesso ao crédito.

PEAC Maquininhas

Em relação ao valor do crédito disponível, ele deve ser calculado de acordo com a média mensal de faturamento referente aos últimos 12 meses anteriores à pandemia. A linha de crédito disponibilizada poderá chegar no máximo ao dobro dessa média, tendo um limite de R$ 50 mil.

Já a taxa de juros deve ser de até 6% ao ano sobre o valor concedido, e o prazo para pagamento de 36 meses, incluídos seis de carência.

Apesar do crédito da PEAC Maquininhas ser oferecido pelos bancos, é o Tesouro Nacional quem assume o risco de calote. A garantia do Tesouro serão os recebíveis de cartão, e o valor disponível para a garantia deve vir de recursos destinados a outra linha que não foram utilizados.

A PEAC Maquininhas foi incluída na Medida Provisória 975, e pretende aproveitar a capacidade de alcance destes aparelhos para facilitar a concessão do crédito. Vale lembrar que com os cuidados por conta do novo coronavírus, os pagamentos por maquininhas têm aumentado consideravelmente.

Por conta da crise financeira causada pela pandemia de Covid-19, esta foi a estratégia planejada para alcançar os empreendimentos que foram mais afetados.

Segundo BNDES créditos para pequenas empresas já superaram R$ 40 bilhões

Através do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), já foram aprovados mais de R$40 bilhões em linha de crédito com garantia do governo federal. A informação é do BNDES, responsável pela operação do Programa.

Na última terça-feira (8), o banco de fomento fez o terceiro aporte de R$5 bilhões no Peac, que pode chegar a um total de até R$ 20 bilhões. Conforme dito anteriormente, os empréstimos para médias e pequenas empresas são feitos por instituições financeiras com garantia do Tesouro.

A estimativa do BNDES é de que o programa criado em junho tenha beneficiado mais de 50 mil empreendimentos. Segundo o banco, juntas estas organizações empregam mais de 2,3 milhões de pessoas. Os alvos da iniciativa são empresas  que faturaram entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões em 2019.

O programa está sendo capaz de promover acesso ao crédito para as pequenas e médias empresas em todo o país e ajudando para que possam voltar a crescer”, declarou o diretor de crédito e garantias do BNDES Petrônio Cançado.

Até o momento, são 43 agentes financeiros com habilitação para oferecer os empréstimos, que variam entre R$ 5 mil e R$ 10 milhões. Nesse programa, a taxa de juros é de até 1% ao mês, com carência de 6 meses a um ano. O prazo para pagamento do empréstimo é de um a cinco anos.

Pesquisa mostra impactos da crise na renda dos brasileiros

Segundo dados da pesquisa PoderData divulgada na última segunda-feira (7), o suporte financeiro é mais do que necessário.

Conforme a pesquisa, 61% dos brasileiros tiveram prejuízos financeiros causados pela crise do coronavírus. Os prejuízos são referentes à perda de empregos ou queda na renda familiar.

Além disso, 6 em cada 10 entrevistados afirmaram que deixaram de pagar alguma conta por causa  da pandemia. O levantamento vai de encontro aos dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em junho que indicaram que o percentual de famílias com dívidas no país havia subido para 67,1%, batendo novo recorde histórico.

Felipe MatozoJornalista, ex-repórter do Jornal e Canal "O Repórter" e ator profissional licenciado pelo SATED/PR. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.
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