Mais de 600 instituições já estão habilitadas para o Pix

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O número de instituições habilitadas pelo Banco Central para participar do Pix saltou de 11, valor registrado até a última quinta-feira (1º), para 677. Com isso, quase 700 bancos, fintechs e cooperativas tem aval para operar o novo sistema de pagamentos.

As instituições tinham até a última sexta-feira (2) para conseguir permissão para participar da fase inicial de cadastramento das chaves de usuários da ferramenta. Enquanto isso, os cadastros de chaves dos clientes interessados em aproveitar o sistema começou nesta segunda-feira (5).

Na última semana, diversas organizações iniciaram o processo de cadastro prévio, mas a efetivação inicia apenas na próxima segunda-feira. O início das operações do Pix, por sua vez, será a partir do dia 16 de novembro.

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Entre os cinco maiores bancos que operam no Brasil, o primeiro a receber o aval do Banco Central foi o Bradesco, na quarta-feira (30). Banco do Brasil, Itaú e Santander receberam autorização para operar o Pix no dia seguinte, e a Caixa entrou na lista na última sexta-feira.

As cinco empresas já estavam trabalhando para atender às exigências do Banco Central, e também passavam por testes de estresse. Estes testes têm o objetivo de avaliar se as instituições estão preparadas para lidar com certo nível de pagamentos por segundo, e são fundamentais para garantir a eficácia e a segurança do sistema.

Uma das principais vantagens do Pix é o fato de que as transações serão gratuitas para MEI e pessoas físicas. Além disso, o sistema permitirá a realização de pagamentos e transferências bancárias via celular em poucos minutos, bastando apenas informar e-mail ou telefone.

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1º dia do Pix teve 3 milhões de cadastros: saiba como fazer o seu

Segundo dados parciais do Banco Central divulgados na última segunda-feira (5), o Pix teve três milhões de chaves registradas logo no primeiro dia em que o sistema para cadastros começou a funcionar.

O sistema é considerado um dos principais projetos de incentivo à competição entre instituições financeiras do Banco Central, e ficará disponível 24h e sete dias por semana. Por conta do Pix, estima-se que as tradicionais TED e DOC, mecanismos mais caros e demorados, devem entrar em processo de defasagem.

Mas nesta segunda-feira os aplicativos de alguns grandes bancos apresentaram instabilidade em seus funcionamentos. Ao ser questionado sobre este fato e a possibilidade de ele estar relacionado a alguma sobrecarga por conta do cadastramento de chaves, o Banco Central respondeu que já estava tudo normalizado.

Além disso, representantes do BC também afirmaram que não há data limite para realização do cadastramento.

Método de pagamento Pix

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Como funciona as transferências Pix?

O Pix será usado para tornar possíveis pagamentos e transferências em tempo real. O sistema é similar a de outros países, e os grandes agentes financeiros são obrigados a aderi-lo. No entanto, o grupo de instituições participantes não se limitou aos grandes bancos, e diversas cooperativas, fintechs e financeiras foram atraídas pelo sistema.

As chaves de usuários funcionam como os endereços das contas Pix, uma espécie de apelido para identificá-las. O usuário tem a opção de cadastrar um número de telefone, e-mail, CPF, CNPJ ou então um EVP (sequência de 32 dígitos).

Para Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o Pix é uma importante medida para estimular a redução da circulação de dinheiro em espécie no Brasil. Segundo o executivo, o sistema terá um custo de logística de R$ 10 bilhões por ano.

As organizações que não foram aprovadas até aqui têm até o dia 16 de novembro, data de início das operações do Pix, para cumprir as exigências da instituição. Caso contrário, elas poderão ser penalizadas. Conforme a Resolução BCB nº 1, publicada em agosto, o Banco Central prevê multa por dia de atraso quando o sistema entrar em operação.

Por meio de nota ao Broadcast/Estadão, o Banco Central afirmou estar conduzindo com êxito e dentro dos prazos fixados todos os testes necessários para garantir a operação com segurança do Pix. Ainda conforme o Banco Central, o processo de homologação deve ser concluído dentro da previsão estabelecida, e os participantes poderão oferecer o sistema aos clientes no prazo previsto.

Felipe MatozoJornalista, ex-repórter do Jornal e Canal "O Repórter" e ator profissional licenciado pelo SATED/PR. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.
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