WhatsApp é usado na estratégia de empresas de luxo durante a pandemia

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Apesar de várias empresas já conhecerem os benefícios que vender pelo WhatsApp pode trazer para os negócios, parece que as marcas de luxo só se deram conta disso agora.

Nessa segunda-feira (14) aconteceu o Global Retail Show, congresso online que reuniu executivos de grandes marcas do varejo mundial entre outros especialistas de áreas comerciais e de marketing.

Durante o evento percebeu-se que a maior estratégia em comum entre todas as marcas, inclusive as de luxo, tem sido o uso do WhatsApp Business. Os negociantes têm usado o aplicativo para aumentar a proximidade com seus clientes e dessa forma, fechar negócio ainda que o consumidor não vá à loja física.

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Segundo o presidente do Google no Brasil, Fábio Coelho, muitas empresas tradicionalistas que jamais pensaram em comercializar seus produtos online, tiveram que se adaptar a nova realidade imposta pela pandemia para não perder vendas.

Agora, tem muito mais gente preparada para usar esse canal. Por isso, acreditamos que a Black Friday deste ano vai ser melhor do que a dos anos anteriores”, afirmou Fábio Coelho.

A estratégia utilizando o aplicativo de mensagens tem dado tão certo que outros aplicativos de uso comum podem entrar na estratégia. A Swarovski, grande marca de joalheria, começou a testar uma parceria com o Rappi para entregar os pedidos de seus clientes.

O sucesso das negociações pode ter a ver com a necessidade que muitas pessoas têm em criar conexão com uma marca antes de comprar. Quando falamos de produtos de luxo onde as quantias de dinheiro são significativas, essa necessidade pode ser maior. Por tanto a possibilidade de sanar as dúvidas de forma rápida pelas mensagens de voz do aplicativo e ter contato com uma pessoa de verdade, transformaram toda a experiência de venda em algo mais íntimo do que simplesmente comprar por um site, por exemplo.

Multinacionais também aderiram ao aplicativo de mensagens durante a pandemia

Em agosto a Renner anunciou que iria antecipar seu projeto de vendas pelo WhatsApp em 25 cidades. O contato acontece através dos já tão conhecidos botões de direcionamento disponíveis nas redes sociais da marca.

Os clientes escolhem os produtos que querem comprar no próprio aplicativo de mensagem e realizam o pagamento por um link enviado pelo atendente.

Outra multinacional a aderir o WhatsApp foi o Burguer King. No caso do fast food, o aplicativo está sendo utilizado para sanar dúvidas dos 16 mil funcionários da marca em relação ao RH. Para acelerar as respostas e atendimento, o BK conta com uma Inteligência Artificial desenvolvida em parceria com a IBM.

Banco Central barrou função de pagamentos pelo WhatsApp no país no mês de julho

Em anúncio realizado em julho, o WhatsApp afirmou que os usuários brasileiros seriam os primeiros a poder enviar e receber pagamentos pelo aplicativo.

As transações seriam feitas por meio do Facebook Pay, e os pagamentos realizados pelo cadastro de cartões de crédito ou débito no aplicativo.

Essa nova função representa uma evolução e tanto para os negócios que já utilizam o WhatsApp em suas vendas. Se antes o aplicativo era usado apenas como meio de negociação agora ele se transforma em mais uma opção de transação comercial.

Após o anúncio, no entanto, a nova funcionalidade foi barrada pelo Banco Central que afirmou que era necessária uma análise antes da aprovação. Segundo, o BC era preciso verificar se o novo recurso não ofereceria riscos para os usuários, além de consequências desleais à concorrência.

Quando eles propuseram um arranjo, entendemos que é grande, começando com mais de 100 milhões de pessoas. Só dissemos que, como é um arranjo grande e pode influenciar o mercado, e temos a dimensão prudencial, pedimos a eles que entrassem no trilho, no caminho normal de autorização”, afirmou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A demora para aprovação já chegou aos 2 meses, e ao que tudo indica o caminho até a liberação ainda será longo e com algumas burocracias.

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Aline ResendeFormada em Marketing e pós-graduada em Língua Portuguesa e Literatura. Trabalha na área de comunicação como Social Media e Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para material publicitário.
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