Semana do Empreendedorismo Feminino se torna lei estadual de incentivo

semana empreendedorismo feminino

No último dia 26 de março, o governador do estado de Santa Catarina, tornou lei estadual a Semana do Empreendedorismo Feminino. Com o sancionamento, a semana do dia 19 do mês de novembro, a partir desse ano, será dedicada a eventos que promovam os negócios geridos por mulheres no estado.

A data foi escolhida porque desde 2014 a Organização das Nações Unidas (ONU) comemora no dia 19 de novembro o Dia Global do Empreendedorismo Feminino.

A criação da lei da Semana do Empreendedorismo Feminino está diretamente ligada a atuação das mulheres no mercado empresarial do estado. Segundo levantamento do Sebrae, atualmente Santa Catarina possui mais de 350 mil empreendimentos com mulheres sendo fundadoras ou em cargos de liderança. Esse número representa 34% dos negócios ativos no estado.

Mesmo antes da lei ser pautada, Santa Catarina já há alguns anos vem crescendo os incentivos a dedicação das mulheres às empresas. No dia 17 de agosto, por exemplo, o estado comemora o Dia Estadual da Mulher Empresária desde 2016.

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No Brasil o empreendedorismo feminino ganha cada vez mais força, apesar das dificuldades enfrentadas pelas mulheres. Dados do Global Entrepreneurship Monitor apontam que no país existem por volta de 24 milhões de mulheres empreendedoras contra 28 milhões de homens.

Apesar de o número de homens ser ligeiramente maior, ainda são elas as maiores representantes do empreendedorismo por necessidade. Isso acontece, pois mulheres ainda têm maior dificuldade em encontrar emprego, principalmente após a maternidade. Com isso a opção que sobra é investir em negócios próprios.

Apesar de Santa Catarina ter dado mais um passo em direção a igualdade de gênero proposta nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, como cita o criador do projeto de lei, deputado Ulisses Gabriel, no estado o empreendedorismo feminino por necessidade também não é muito diferente do resto do país.  Ao todo, 46% das mulheres empreendedoras de Santa Catarina são chefes de família.

Com a nova lei, o governo estadual de Santa Catarina pretende criar parcerias com a iniciativa privada para a promoção de campanhas, palestras e outras ações que levem cada vez mais mulheres catarinenses a escolherem o empreendedorismo como profissão.

Como mais um auxílio a esses incentivos, o Sebrae-SC está com inscrições abertas para o programa Sebrae Delas Mulher de Negócios, até o dia 5 de abril. As ações do programa são voltadas a formalização de negócios, incentivo de novas ideias e auxílio a atividades empreendedoras que já foram iniciadas.

As inscrições para participar do evento podem ser feitas pelo menu “Sebrae Delas” no site do Sebrae-SC. O programa acompanhará as interessadas de 15 de abril até 25 de novembro de 2021.

Como motivar o empreendedorismo feminino

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Ações como a criação da lei da Semana do Empreendedorismo Feminino são extremamente importantes para a motivação de mulheres. Isso porque, apenas com mais mulheres em cargos de liderança a igualdade de oportunidades entre os gêneros pode ser conquistada.

Outra maneira muito útil de incentivo a quem está pensando em começar um negócio próprio, é a demonstração de alguns exemplos.

As brasileiras são conhecidas como mulheres guerreiras, e exemplos de empreendedoras bem-sucedidas é o que não falta por aqui. Veja a seguir algumas histórias para se inspirar e dar o ponta-pé inicial no seu empreendimento.

Julia Mansur

Julia Mansur é a fundadora e CEO da Undertop, marca de moda feminina de luxo que fatura mais de R$2 milhões por ano.

A empreendedora Julia Mansur iniciou sua jornada no setor de moda em 2002 quando, com uma pequena confecção, produzia roupas para diversas marcas. Apesar da fábrica ser sua, a empreendedora não estava feliz e resolveu fechar o negócio.

Após ter trabalhado em outras áreas, em 2018 percebeu a crescente busca de mulheres por algumas pelas de roupas bastante específicas. Com essa percepção, fundou a marca Undertop, criou 5 modelos de peças e iniciou suas vendas pelo Instagram.

A marca deu muito certo, e atualmente, além das vendas por e-commerce, a empresária possui loja física em um shopping de Luxo na cidade de São Paulo.

Paola Carossela – Empreendedorismo Feminino

Quem vê Paola Carossela hoje como uma das chefes convidadas do programa Master Chef da Tv Bandeirantes, pode não imaginar a grande empresária que ela é.

Paola começou a cozinhar muito cedo, aos 17 anos, e seu primeiro negócio foi uma espécie de marmitaria em Buenos Aires, na Argentina.

Logo após se especializar na cozinha, passou 12 anos trabalhando em diversos restaurantes, até finalmente decidir abrir o seu próprio. O Julia Cocina foi fundado em 2003 e um dos maiores responsáveis pelo reconhecimento atingido pela chef (ou cozinheira como prefere ser chamada) Paola Carossela.

Após alguns anos, a empresário decidiu investir na abertura de seu segundo restaurante, o Arturito, que atualmente é um dos estabelecimentos mais premiados do Brasil.

Márcia Tozo

Márcia Tozo é o claro exemplo de mulher, mãe, que escolheu empreender por necessidade e alcançou o sucesso.

Após ser mãe aos 16 anos, Márcia precisou largar os estudos e passou por muitas dificuldades tendo que se dedicar exclusivamente a maternidade. Alguns anos se passaram e Márcia conseguiu se formar em publicidade.

Um dia, ao fazer brigadeiros para que a filha vendesse na escola, Márcia percebeu que possuía muito conhecimento na confecção de doces e quitutes. Juntando isso a sua formação publicitária, decidiu criar um curso online ensinando suas técnicas de confeitaria.

O curso foi um verdadeiro sucesso, e fez com que Márcia criasse outros conteúdos de distribuição digital. Hoje a profissional é referência em seu campo de ensino, além de um grande exemplo de empreendedorismo feminino brasileiro.

Esses foram apenas alguns exemplos de mulheres empreendedoras brasileiras. Se quiser conhecer outros casos de sucessos, acesse esse artigo aqui.

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Aline ResendeFormada em Marketing e pós graduanda do curso de Língua Portuguesa e Literatura do Centro Educacional Uninter. Trabalha na área de comunicação como Social Media e Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para material publicitário.
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