Ri Happy aposta em presentes mais baratos para o Dia das Crianças

Dia das crianças

Segunda estimativa da Confederação Brasileira de Comércio (CNC), o Dia das Crianças deve ser mais uma data comemorativa de 2020 com vendas abaixo da média. Para este ano, a CNC projeta uma queda de 4,85% nas vendas para a data, o que seria a primeira em quatro anos.

Tentando se adaptar ao período de menor poder de compra do consumidor brasileiro, a Ri Happy – maior rede de brinquedos do mercado nacional – planeja apostar nas “lembrancinhas” para alavancar as vendas.

Mesmo com o cenário de crise, a empresa mantém clima de otimismo para as vendas de Dia das Crianças. Com a expectativa de manter o mesmo ritmo de vendas observado no ano passado, a Ri Happy investiu em opções de presentes abaixo dos R$ 20,00 para atrair consumidores que não querem deixar a data passar em branco.

Dia das crianças

Por conta da pandemia de Covid-19, datas comemorativas não estão representando o mesmo crescimento de sempre nas vendas do comércio brasileiro neste ano. O fenômeno foi observado em eventos como dia das mães e dos namorados, e segundo a CNC não deve ser muito diferente no Dia das Crianças.

Entretanto, não é este o cenário que aponta uma pesquisa realizada pela Social Miner. Segundo o levantamento da empresa, 62% dos entrevistados pretendem celebrar a data, sendo que 40% planeja comprar presentes.

É nesta perspectiva mais otimista que a Ri Happy faz a sua aposta. Além dos investimentos em opções de presentes mais baratos, a rede também contratou 1.700 funcionários temporários especialmente para a data.

De acordo com Sandra Haddad, gerente comercial da empresa, a marca conseguiu itens exclusivos e lançamentos com preços acessíveis para os clientes.

Apostas da Ri Happy para o Dia das Crianças

Entre os itens em alta para a celebração da data, estão produtos como jogos e quebra-cabeças, que tiveram suas vendas triplicadas durante a pandemia. Com as pessoas passando mais tempo em casa, também estão entre os mais procurados os brinquedos que funcionam como passatempo para as famílias.

Em relação aos jogos mais procurados nas lojas da Ri Happy, os principais destaques têm preços bem distintos entre si. São eles o “Uno”, jogo de cartas vendido a R$ 20, e o de tabuleiro “Banco Imobiliário”, vendido a R$ 119.

Também se destacam brinquedos tradicionais, como carrinhos e bonecas, e a linha do youtuber Luccas Neto, que teve bastante procura no ano passado.

Durante o período de pandemia, a Ri Happy também seguiu a tendência de intensificar seu processo de digitalização. Um dos principais investimentos da empresa foi no chamado ship from store, um modelo de logística que aproveita os estoques de cada loja para enviar aos consumidores produtos comprados via e-commerce, o que agiliza o prazo de entrega.

Segundo a empresa, o número de visitas em sua plataforma online aumentou 140% nos últimos meses. Além disso, a Ri Happy também começou a vender por meio do WhatsApp, o que demonstra a adaptação da rede ao cenário atual.

Mas apesar do crescente investimento no ambiente digital, a empresa não deixa de considerar a importância dos clientes nas suas lojas físicas. Sobre essa questão, representantes da marca ressaltam o desafio gerado pelas condições atuais, o que pode representar uma limitação na capacidade de vendas.

Preparativos para o Natal

Apesar das vendas do comércio seguirem abaixo das expectativas projetadas para 2020 antes da pandemia, o primeiro semestre começou indicando recuperação do setor. Com isso, a indústria acabou se deparando com contratempos na entrega de produtos.

Além do aumento nas vendas, outro problema recorrente nos últimos meses é alta do dólar, o que faz a produção ficar mais cara. Por conta disso, grandes indústrias do país afirmar enfrentar dificuldades para lidar com a demanda de fim de ano.

Segundo informações do Radar Econômico, uma das indústrias que passam por esta situação é a Estrela, importante fabricante de brinquedos.

Sobre essa questão, a gerente comercial da Ri Happy ressalta que a rede já está totalmente abastecida para o Dia das Crianças. Mas como a empresa ainda não fechou suas compras de Natal, não tem como afirmar possíveis problemas de fornecimento.

Felipe MatozoJornalista, ex-repórter do Jornal e Canal "O Repórter" e ator profissional licenciado pelo SATED/PR. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.
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