Avon divulga primeiros resultados após ser comprada pela Natura

natura apresenta primeiros dados da aquisição da Avon

A Natura concluiu sua operação de compra da Avon em 2020 e a partir dali a companhia tomou para si o desafio de reerguer a marca de cosméticos americana que vinha em queda constante há alguns anos.

Com a aquisição da Avon, o grupo Natura &Co, dono da marca de cosméticos mais forte do mundo, se tornou o quarto maior no setor de beleza, e todo esse peso parece estar surtindo efeito nos recentes processos adotados pela Avon.

Na última semana, o grupo Natura divulgou os primeiros dados das novas estratégias implantadas na Avon. Segundo o CEO da Natura, Roberto Marques, as transformações realizadas na marca tem surtido efeito e aumentaram as projeções financeiras de 50 milhões de dólares até 2024 para uma faixa entre 350 e 450 milhões de dólares.

Segundo o relatório da marca, os avanços ficaram evidentes nos primeiros três meses de 2021 onde nos países da América Latina (tirando o Brasil) e Avon teve um crescimento de receita de mais de 35% equivalendo a R$ 1,72 bilhão.

natura apresenta primeiros dados da aquisição da Avon

A Avon International conseguiu um aumento de mais de 11%, onde países da Ásia e Reino Unido se destacaram como os principais responsáveis. No Reino Unido, aliás, a Avon saltou da 10ª para a 3ª posição no setor de beleza nos últimos quatro trimestres.

Segundo a empresa, o objetivo é explorar outros 40 mercados pelo mundo a partir do segundo semestre desse ano.

Em contrapartida, no Brasil a marca teve uma queda de 2,8%. Porém, segundo a empresa, essa diminuição de receita já era esperada já que a marca vem sendo reposicionada no mercado brasileiro.

Entre as principais mudanças da Avon, as ferramentas digitais da marca são o maior destaque, e a empresa está buscando uma abordagem comercial mais segmentada.

Confira também: Natura intensifica digitalização e acelera integração da Avon na pandemia

Objetivo do grupo Natura também é enxugar o portfólio de produtos da Avon

João Paulo Ferreira, CEO da Natura na América Latina destacou que outro objetivo para a Avon nos próximos meses é enxugar mais o portfólio de produtos da marca.

A redução de produtos disponíveis no catálogo dos revendedores Avon, já vem acontecendo há algum tempo, e apenas as categorias de maquiagem e perfumaria tiveram entre 35% e 40% de seus produtos tirados de linha. O catálogo de Moda & Casa também sofreu um corte de 50% de seus produtos.

A ideia por trás dessas reduções é retirar de linha todos aqueles produtos e categorias que não são estratégicos para a expansão da marca.

No geral, toda a repaginação que o grupo Natura vem fazendo na Avon tem como foco rejuvenescer a marca.

A principal ação colocada em prática esse ano para que a “nova Avon” voltasse a ser destaque no Brasil e retomasse seu apelo perante o público mais jovem foi se tornar uma das principais patrocinadoras do Big Brother Brasil.

A estratégia deu certo, e segundo o CEO da empresa, durante o período que o programa ficou no ar, as vendas no e-commerce da Avon quase triplicaram.

Para prolongar por mais tempo o “efeito BBB” da qual a marca vem se beneficiando, hoje (17 de maio) a empresa anunciou que a mais nova garota propaganda da marca é a campeã do reality em 2021, Juliette Freire.

Estratégias e vendas digitais impactaram todas as marcas da Natura &Co

As estratégias aplicadas digitalmente pelo grupo Natura tem surtido efeito em praticamente todas as marcas do grupo e não apenas na Avon.

Dados da empresa revelam que no primeiro trimestre desse ano as vendas online foram responsáveis por 48% do faturamento total do grupo Natura. Isso representou um crescimento de mais de 25% na receita líquida da empresa, chegando aos R$ 9,5 bilhões. O Ebtida também foi alterado, chegando a um crescimento de mais de 470%.

Outro dado interessante é em relação ao prejuízo da marca nesse primeiro trimestre. Ao todo em valores líquidos as “perdas” foram de R$ 155,2 milhões. Contudo, se comparado ao mesmo período do ano passado as notícias são ótimas já que em 2020 a companhia registro um prejuízo de R$ 820,8 milhões, concluindo um dos piores trimestres da empresa.

Aline ResendeFormada em Marketing e pós graduanda do curso de Língua Portuguesa e Literatura do Centro Educacional Uninter. Trabalha na área de comunicação como Social Media e Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para material publicitário.
Veja mais ›
Fechar